A seleção feminina de vôlei do Brasil encerrou sua participação na Liga das Nações com um gosto amargo. Após uma campanha invicta na fase classificatória, com 13 vitórias em 13 partidas, a equipe brasileira foi superada pela Polônia por 3 sets a 2 (parciais de 25/21, 26/28, 25/21, 19/25 e 15/9) na disputa pelo terceiro lugar, neste domingo, em Bangcoc, na Tailândia.

Este foi o segundo tropeço consecutivo do time comandado pelo técnico José Roberto Guimarães, que também havia sido derrotado pelo Japão na semifinal, também no tie-break. Com o resultado, o Brasil permanece sem conquistar medalhas na competição, apesar de já ter chegado três vezes à final.

O confronto contra as polonesas seguiu um roteiro semelhante ao da véspera. A seleção brasileira começou atrás no placar e precisou correr atrás do prejuízo para forçar o quinto set. No entanto, novamente, o tie-break foi decidido em favor das adversárias, que souberam aproveitar os erros do Brasil e se impuseram no momento decisivo.

“Faltaram detalhes. A gente lutou ontem e lutou hoje de novo, mas é um campeonato longo e cansativo”, declarou a ponteira Júlia Bergmann após a partida. Ela foi a segunda maior pontuadora brasileira, com 20 pontos. A capitã Gabi liderou a equipe nesse quesito, anotando 22 pontos.

Vale destacar que Japão e Polônia estarão novamente no caminho do Brasil na fase de grupos dos Jogos Olímpicos de Paris-2024, ao lado do Quênia. Júlia comentou sobre a importância de analisar os erros cometidos nessas partidas recentes: “São seleções que vamos enfrentar em Paris e temos que ver o que erramos”.

Itália supera o Japão e fatura o título da VNL

Na final da Liga das Nações, a Itália confirmou seu favoritismo e venceu o Japão por 3 sets a 1 (25/17, 25/17, 21/25 e 25/20), também em Bangcoc. Com mais uma atuação inspirada da oposta Paola Egonu, a equipe italiana conquistou seu segundo título na história da competição — o primeiro havia sido em 2022, quando superaram o Brasil na decisão.

Egonu brilhou mais uma vez, somando 27 pontos e sendo a principal pontuadora da final. A japonesa Koga, com 17 pontos, foi o principal destaque da equipe asiática. O Japão buscava sua primeira conquista na história da Liga das Nações, disputada desde 2018.

Diferentemente do jogo contra o Brasil, as japonesas não conseguiram frear o poderoso ataque italiano. Sob o comando do técnico Julio Velasco, a Itália usou sua força física e consistência ofensiva para dominar a partida.

Aos 26 anos e com 1,93 m de altura, Egonu também foi eleita a melhor jogadora da competição, repetindo o feito de 2022 e reforçando sua posição como uma das maiores estrelas do vôlei mundial.

Na Olimpíada de Paris, a Itália estará no Grupo C, junto com Holanda, República Dominicana e Turquia. O Brasil, por sua vez, integra o Grupo B com Polônia, Japão e Quênia — seleções que já demonstraram ser adversárias duras de superar, como evidenciado nas fases finais desta Liga das Nações. A equipe brasileira terá agora a missão de ajustar seus pontos fracos e buscar a sonhada medalha olímpica.